Far Cry 5 Tem Assunto Político e Polêmico e causa problemas com os Extrema de Direita

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Depois de passar por ilhas tropicais, pelas montanhas do Himalaia e pela idade da pedra, Far Cry agora terá uma história contada em território norte-americano, mais precisamente na cidade de Hope County, em Montana, nos Estados Unidos.

A verdade é que não sabíamos o que ia acontecer na América quando começamos o desenvolvimento [do novo Far Cry]

Acontece que poucos dias após ser anunciado, o novo título da franquia já é alvo de controvérsias, em especial por abordar questões políticas e religiosas levadas ao extremo.

Contudo, os desenvolvedores da Ubisoft não poderiam prever que o quinto game da série lembraria (e muito) o atual momento político enfrentado não só nos EUA, mas em outros países do mundo. É o que afirma Dan Hay, diretor criativo de Far Cry 5, em entrevista ao site HardcoreGamer.

"A verdade é que não sabíamos o que ia acontecer na América quando começamos o desenvolvimento [do novo Far Cry]. Tivemos o conceito de um personagem que acredita que o fim do mundo está próximo, e me lembro do momento em que essa ideia apareceu. Eu caminhava pelo centro de Toronto e vi um rapaz usar um cartaz que dizia algo como O Fim está Próximo. Me lembro olhar para ele e pensar, pela primeira vez, que ele talvez soubesse algo que nós não temos conhecimento", disse.

Política norte-americana em discussão?

Polêmica política

Hay também contou que imaginava que algo estava prestes a acontecer e ninguém sabia de nada. Foi a partir daí que ele e sua equipe começaram a construir o jogo. Agora com o turbilhão político enfrentado pelos EUA após a posse de Donald Trump, o diretor acredita que possa sim haver um alinhamento entre esse acontecimento e a narrativa do quinto Far Cry.

Desta vez vamos para a América. Vamos para Hope County, em Montana, um local que existe no nosso mundo

"O mais importante é entender que não fizemos o jogo com uma agenda específica. O desenvolvemos para ser capaz de oferecer aos jogadores uma experiência única, seja para conhecer personagens únicos e vivenciar uma história que pareça relevante e crível. (...) Queremos que você seja você, que você possa construir de forma eficaz o personagem que você deseja", explicou.

"Desta vez vamos para a América. Vamos para Hope County, em Montana, um local que existe no nosso mundo. É um desafio assustador trazer a franquia para a América e tentar fazer com que isso seja convincente. O que queríamos fazer era trazer o jogador para a América, colocá-lo numa fronteira, e depois numa situação diferente daquilo que as pessoas estavam esperando", completou.

Fanatismo religioso pode ser tema central do game

Potência máxima?

Hay disse que ainda não pode comentar se o jogo poderá se beneficiar das capacidades do PlayStation 4 Pro e do Xbox Scorpio. Mas com a E3 cada vez mais próxima, não seria nenhuma surpresa se a Ubisoft anunciar suporte às duas plataformas.

Far Cry 5 tem previsão de lançamento para o dia 27 de fevereiro, em versões para PC, PS4 e Xbox One.

Extremistas de Direita Pedem Cancelamento do Jogo

E começou a polêmica em torno de Far Cry 5. Extremistas da direita criaram uma petição que pede o cancelamento do game e que a Ubisoft mude os vilões, a história e a ambientação da nova aventura.

“Já é o bastante, Ubisoft. Far Cry 5 é um insulto à sua base de fãs, os americanos que compõem a maioria de seus compradores, e é hora de acordar para o fato. Mudem o jogo ou cancele-o”, ameaça o comunicado, pedindo as seguintes mudanças:

  • Mudem os vilões. Mesmo que vocês insistam em ilustrá-los em cristãos americanos, considerem misturar as raças um pouco para não focar em pessoas brancas exclusivamente. Há um monte de nacionalistas de todos os tipos e etnias. Coloquem alguns negros e mexicanos [nesse papel];
  • Mudem a história. Coloquem os vilões como patriotas perdidos forçados a construir sua própria nação (?!?!) contra a vontade de um governo opressor;
  • Mudem a ambientação, mas apenas para alguns mercados. Para a América, o anti-americanismo está fora de moda, e sabemos que vocês, franceses, têm uma rixa com nós.

Vocês podem fazer mais dinheiro com isso. (...) Nós, americanos, temos poucos jogos para chamar de nossos, estamos cansados de perdê-los para essa baboseira multicultural

O detalhe é que nem vimos tudo de Far Cry 5 ainda, e pode ser que todos esses elementos supracitados estejam presentes ou não no jogo. Talvez alguém tenha confundido acessibilidade e multiculturalismo com centralismo retrógrado e ficou ofendido demais pelo fato de os vilões serem americanos brancos e por todos os elementos religiosos – embasados em fatos reais – que Far Cry 5 tem. O que você acha do assunto? Opine na seção destinada aos comentários, logo adiante.

Fonte: TecMundo

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