Surpresa! Metal Gear Survive é, sim, melhor do que todos imaginávamos

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Após a turbulenta e midiática saída de Hideo Kojima da Konami, a empresa passou por maus lençóis com relação a sua imagem. A nebulosidade que permeia o caso vai se dissipando com o tempo, mas é natural que os fãs mais ardorosos (inclusive este que vos escreve) de uma das franquias mais emblemáticas da história dos games fiquem com o nariz torcido diante de uma proposta tão diferente em cima do que foi estabelecido pela série e idealizado por Kojima.

É com essa tonelada de peso nas costas que a Konami tem a tarefa de entregar Metal Gear Survive, um spin-off que se passa num universo alternativo e traz os principais elementos de gameplay que consagraram a saga: stealth, gerenciamento de recursos e inteligência nas estratégias de abordagem. Some a isso novas mecânicas de exploração e sobrevivência e você tem, basicamente, Metal Gear Survive.

O TecMundo Games teve a oportunidade de jogar uma longa partida cooperativa no espaço da Konami na E3 2017 para ver se essa promessa é só fogo de palha ou se o jogo, em alguma escala, honra o nome que carrega. E esse nome tem um peso substancial.

O saboroso tempero arcade

Segue aqui uma breve descrição neutra a quem desconhece a proposta do título: em Metal Gear Survive, os jogadores embarcam numa misteriosa aventura através de um denso modo single player, bem como uma opção cooperativa. Para isso, é possível customizar seu personagem como num RPG, e há uma ampla variedade de armas, equipamentos e habilidades para desbravar o hostil mundo do jogo.

A parte boa começa na engine: basicamente, você desfruta do mesmo gameplay estabelecido em Phantom Pain. E convenhamos: é muito sólido

O co-op permite que você se junte a outros três jogadores (totalizando quatro no time) para trabalhar juntos e defender postos avançados de hordas de criaturas. Foi exatamente isso que pudemos vivenciar na sessão reservada à imprensa na E3 2017. A parte boa começa na engine: basicamente, você desfruta do mesmo gameplay estabelecido em Metal Gear Solid 5: The Phantom Pain. E caramba, convenhamos: é muito sólido. Não há um deslize na transição dessa tecnologia, que já era ótima, aqui na nova proposta. Tudo funciona deliciosamente bem.

O crafting é um componente importante de Metal Gear Survive. Os elementos dessa mecânica, amplamente adotada em RPGs desde o final dos anos 80, têm um amigável gerenciamento aqui. É preciso coletar sucata escondida em galpões infestados de inimigos ou enfrentar pequenos bosses para conseguir materiais raros e, assim, criar componentes que constroem barricadas, paredes com espinhos, bombas, torretas e outras ferramentas de defesa.

Imagine um modo horda de Gears of War, só que com mais intensidade na estratégia – e, impressionantemente, um espírito mais arcade também. Você precisa verdadeiramente trabalhar em equipe para progredir. Do contrário, a experiência corre o risco de ficar descerebrada e rapidamente esquecível. A cada onda concluída, um suspiro de alívio é escutado de todos os membros do time. Deixa eu explicar melhor mais adiante.

Menos stealth, mais tiroteio

Os inimigos são como bola de neve: se você não for eficiente, a bolha só aumenta. E há uma variedade capciosa. Não adianta sair atirando igual o Rambo: pense um pouco também. Assim como em Left 4 Dead, clássico das hordas, há os “boomers" aqui, isto é, criaturas que explodem ao se aproximarem de você. Elas se misturam aos outros de maneira inteligente – e lá, camufladas, elas avançam. Outros inimigos menores também incomodam.

Todo e qualquer componente derrubado por inimigos ou encontrado pelo mundo tem sua serventia

Você pode criar o seu próprio arsenal e customizá-lo à sua maneira. Todo e qualquer componente derrubado por inimigos ou encontrado pelo mundo tem sua serventia. Há uma sensação pós-apocalíptica ao explorar aquele desértico crepuscular. É um colírio aos olhos.

Máquinas bípedes que funcionam como pequenos Metal Gears também estão à sua disposição. O ritmo se acelera ainda mais quando você encontra essas traquitanas, mais ou menos como acontecia nos clássicos da série Contra, em que você se sente “overpowered”, isto é, superpoderoso.

Esse sentimento de poder faz você perder a razão por um breve momento ao descer o sarrafo em todo mundo no controle de um robô. Mas a união faz a força e você, sozinho, vai ter sua peça de metal destruída rapidinho diante da horda de inimigos que vão chover pra cima. Bastam alguns segundos para que você seja metralhado.

Potencial escondido

Quando fui capturado por um desses enxames, quase morri. Por sorte, um membro do meu time estava por perto e me salvou. Depois, devolvi o favor na mesma moeda quando uma criatura o agarrou pelo pescoço. Ganhamos a batalha, e a demo se encerra, para a nossa tristeza. Ou melhor, para a nossa alegria, pois me diverti um bocado ali.

Resta torcer para que essa qualidade exista também, e principalmente, no modo single player. De um modo geral, Metal Gear Survive está sendo polido com bastante cuidado – e o adiamento para 2018 prova que a Konami quer assegurar o maior esmero possível. Aguardemos. O título será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC.

Fonte: TecMundo

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